Imag(r)o

Decorreu na nossa cidade à "beira-serra" plantada mais um festival de cinema jovem, o Imago. Só que este ano foi mais Imag(r)o, tendo em conta a afluência que ficou muuuuuito a dever à que se verificou na edição do ano passado. Na noite de 5ª feira resolvemos ir "morder o ambiente" à Moagem. Dirigimo-nos ao local do concerto; o espaço era engraçado, com uma janelas enormes, mas estava um pouco despido de gente; coisa estranha, tendo em conta que era véspera de feriado. Actuavam os Norton, banda albicastrense cujo objectivo é claramente entrar no Top 10 do programa Oceano Pacífico; não que a música não fosse boa, ainda conseguimos dançar um "slow", a recordar os velhos tempos do English Bar, mas estava à espera de algo mais animado.
Resolvemos ir até ao Lounge; e foi aí que deparámos com uma nuvem enorme de tédio. Se os senhores da ASAE entrassem no Lounge naquele momento, munidos de um detector de tédio, este iria rebentar; os níveis de tédio estavam claramente acima do permitido por lei e punham em risco a saúde daqueles que ali se deslocaram para passar uma noite animada.

Tive pena de não ir ao INI MAGO, na fabulosa tasca da Estação, mas a nuvem de tédio era tal que entrou pelas minhas narinas e bloqueou uns quantos processos cerebrais, o que me impediu de me manter vigilante, que é como quem diz, estava pedrada de sono.

Infelizmente, os efeitos do tédio fazem-se sentir durante vários dias; quando regressámos à Moagem no Sábado para assistir ao concerto de Kalabrese (muito bom) ainda consegui abanar o capacete um pouco, mas quando chegámos ao Lounge, a nuvem atacou-me de novo. É que o tédio é como o fumo do tabaco, " não desaparece com o simples abrir de uma janela".